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Fases estacionárias monolíticas para separações no modo HILIC usando Cromatografia Líquida Capilar

Mariana R. Gama* [1], Milton L. Lee [2],
Carla B. G. Bottoli [1]

[1] Instituto de Química, Unicamp, Campinas-SP
[2] Dept. of Chemistry and Biochemistry, Brigham Young University, Provo-UT, USA

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Resumo do Pôster:

A Cromatografia Líquida Capilar (CLC) desponta como técnica de separação de grande potencial por apresentar diversas vantagens das separações em microescala, como menores consumo de solventes e geração de resíduos, redução na quantidade de amostra requerida, menor quantidade de fase estacionária utilizada no enchimento de colunas e facilidade no acoplamento com espectrometria de massas. Na CLC, são empregadas colunas de diâmetro interno reduzido, entre 75 e 500 μm, diferente da cromatografia líquida convencional, em que são aplicadas colunas de diâmetro interno entre 2,0 e 4,6 mm. Como o enchimento de colunas capilares para CLC com material particulado é de difícil execução e baixa repetibilidade, o recheio com materiais monolíticos se tornou uma alternativa viável. Monolitos consistem em uma estrutura única porosa, mecanicamente resistente, de fácil preparo in situ e grande variabilidade química, o que permite a separação de analitos de diferentes propriedades químicas. Um monolito pode ser inorgânico, geralmente baseado em sílica, ou orgânico, baseado em polímeros como acrilatos, acrilamidas ou metacrilatos. Neste trabalho, foi proposto o desenvolvimento de fases estacionárias monolíticas poliméricas orgânicas, baseadas em metacrilato hidrofílico, para aplicações em separações por CLC no modo HILIC (do inglês Hydrophilic Interaction Liquid Chromatography). No preparo das fases estacionárias monolíticas, misturas de polimerização foram preparadas com diferentes proporções dos monômeros carboxietil acrilato (CEA) e polietilenoglicol dimetacrilato (PEGDMA), dos solventes porogênicos 1,4-butanodiol e n-propanol, e por 2,2-dimetoxi-2-fenilacetofenona (DMPA) como iniciador radicalar, totalizando 40% (m/m) de monômeros e 60% (m/m) de solventes porogênicos. Cada mistura de polimerização foi inserida em um capilar pré-tratado de 150 μm de diâmetro interno, de sílica fundida e revestimento externo de teflon; o capilar foi exposto a uma lâmpada UV de 1000 W de potência, com emissão em 390 ± 15 nm, durante 5 min, até a completa formação do monolito. Após o preparo, as colunas cromatográficas foram lavadas com metanol, para a remoção de resíduos de preparo, condicionadas com a fase móvel, que consistiu em uma mistura de acetonitrila e água (85:15, v/v), e avaliadas a uma vazão de 0,3 μL/min, com eluição isocrática. Na caracterização cromatográfica, o monolito mostrou excelente seletividade e eficiência cromatográfica na separação de acrilamidas: Rs = 10, para o composto mais retido, a hidroxiacrilamida, e seu adjacente, e N = 76000 pratos/m para o composto mais retido. Concluiu-se que a fase estacionária monolítica CEA-PEGDMA foi viável na separação de analitos polares de pequeno tamanho, quando utilizada a CLC no modo HILIC.

Agradecimentos: INCT Bioanalítica, CNPq, CAPES, Fapesp.