Um estudo publicado na última edição da revista Science descreve a criação de um atlas completo dos dois primeiros meses do desenvolvimento do embrião humano. Os modelos, de acordo com os pesquisadores, trazem informações importantes – e incrivelmente novas – sobre essa importante etapa humana.
“Todo mundo acha que já sabemos tudo sobre esse assunto, mas temos mais conhecimento sobre a lua do que sobre nosso desenvolvimento”, disse Bernadette de Bakker, cientista do Universidade de Amsterdã, na Holanda, uma das autoras da pesquisa, em entrevista ao britânico The Guardian.
“É importante compreender a embriologia humana para esclarecer como malformações congênitas e outros problemas ocorrem”.
Atualmente, segundo os pesquisadores, a maior parte das informações sobre as fazes iniciais do embrião humano utilizadas por médicos e especialistas são retiradas de estudos e artigos eitos há cem ano.
Algumas conclusões foram tiradas do estudo de embriões de camundongos ou galinhas.
E agora, para conseguir dados mais recentes – e de humanos, os cientistas analisaram cerca de 15.000 imagens reunidas na Coleção Carnegie de embriões, que fica no Museu Nacional de Medicina e Saúde, nos Estados Unidos.
O estudo das fotografias permitiu aos pesquisadores identificar cerca de 150 órgãos e estruturas, corrigindo e aprimorando suas posições e funções nos modelos embrionários.
Os cientistas também conseguiram estabelecer diferenças importantes entre os embriões de camundongos, galinhas e homens – que até então eram ambíguas. Descobriram que alguns órgãos humanos têm desenvolvidos mais tardio ou mais precoce que esses outros animais.
Os novos modelos, que os pesquisadores chamaram de Atlas em 3D do Embrião, são interativos e estão disponíveis para cientistas do todo o mundo em um site (em inglês).
Fonte: Portal Veja.com