Campinas prepara infraestrutura para ampliar polos tecnológicos

Dominique Torquato As terras margeiam a Rodovia Adhemar de Barros e ficam entre o Ciatec 2 e o posto do pedágio da rodovia
As terras margeiam a Rodovia Adhemar de Barros e ficam entre o Ciatec 2 e o posto do pedágio da rodovia – Foto: Dominique Torquato

A cidade de Campinas foi, no passado, um importante polo econômico nacional para a agricultura. Hoje, ela é um dos principais polos científicos e tecnológicos da América Latina.

Diante disto, a Prefeitura de Campinas irá reservar uma área de 23 milhões de m² para empresas do setor de ciência, tecnologia e inovação. A nova área irá mais que dobrar o espaço existente hoje na cidade dedicados aos parques tecnológicos.

Atualmente, Campinas tem 9,68 milhões de m² ocupado pelos parques tecnológicos da Unicamp, Techno Park, Polis, CTI-Tec e os polos Ciatec 1 e 2.

Os técnicos das pastas de desenvolvimento econômico e planejamento estão trabalhando na definição das regras de ocupação dessa área e que serão incluídas no novo Plano Diretor de Campinas. As terras margeiam a Rodovia Adhemar de Barros e ficam entre o Ciatec 2 e o posto do pedágio da rodovia.

O prefeito Jonas Donizette (PSB) disse que o credenciamento pelo governo do Estado dos atuais parques no Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec) e a legislação municipal de incentivos fiscais ampliam a capacidade de Campinas na atração de investimentos empresariais que atuam com ciência, tecnologia e inovação.

“Hoje já temos dificuldades em apontar áreas aos empresários dentro dos parques existentes e precisamos ampliar as possibilidades”, afirmou.

O Ciatec 2 já está se esgotando — dos 8 milhões de m², 3 milhões estão ocupados com 36 empresas. Dos 4 milhões restantes, a maior parte, 3 milhões, são áreas de preservação permanente (APP) e áreas verdes, que não podem ser utilizadas.

A nova área será uma extensão do Ciatec 2 que passará, então, a ocupar 31 milhões de m². As terras são de vários proprietários e a função da Prefeitura será a de definir o zoneamento e parcelamento das glebas e facilitar a negociação de compra e venda entre empresas e proprietários.

“As áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação são as vocações de Campinas, estão no DNA da cidade e não podemos perder de vista esse horizonte”, disse Jonas.

Vista aérea Campinas
Campinas foi o destino de 81,5% dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação – Fonte: Divulgação

Segundo o prefeito, a legislação de Campinas é uma das melhores do País para atração de investimentos — no ano passado, a Administração reduziu a alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2% e deu isenção de IPTU, para empresas de base tecnológica de várias áreas, incluindo as startups, que são empresas nascentes que possuem projetos inovadores, e a empresas consolidadas, inclusive as 1,2 mil empresas que já estão instaladas na cidade.

Campinas, conforme levantamento da Fundação Seade, foi o destino de 81,5% dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação anunciados em 2014.

A cidade ficou com US$ 517,8 milhões (R$ 2,06 bilhões) dos US$ 635,2 milhões destinados ao Estado, um crescimento quase quatro vezes maior em relação a 2013, quando a RMC ficou com US$ 142,7 milhões. “Precisamos garantir áreas para esses e outros investimentos que virão”, afirmou o prefeito.

Fonte: Correio Popular